A comunidade do bairro Margem Esquerda, em Gaspar, agendou para a manhã deste sábado (7/06/25) uma manifestação pacífica para chamar atenção das autoridades sobre a falta de infraestrutura na região. A mobilização começa às 9h na BR-470, altura da Rua Albertina Maba (km 35), e inclui a interdição parcial da rodovia por aproximadamente 30 minutos.
Segundo os organizadores, o tráfego de veículos não será paralisado, pois haverá desvio pela marginal de o construída durante a duplicação. O fluxo será redirecionado pela entrada próxima à empresa Paramentos, com saída antes da rua Bonifácio Zendron.
Em entrevista ao portal OBlumenauense, o presidente da Associação de Moradores da Margem Esquerda, Douglas Carlos Threiss, explicou que a mobilização surgiu de forma espontânea após mais uma morte por atropelamento na última terça-feira (3), a cerca de 200 metros da entrada da rua Albertina Maba. “Essa manifestação não é da associação, é da comunidade. A gente apenas está apoiando para que seja pacífica”, afirmou.
A vítima foi uma idosa de 75 anos, atropelada por um caminhão enquanto tentava atravessar a rodovia, na altura do km 33. Douglas destacou que, nos últimos cinco a seis anos, já foram registradas ao menos seis óbitos no trecho. “Moram mais de 250 famílias do outro lado da rodovia. Crianças e adultos precisam atravessar todos os dias, e mesmo com as lombadas eletrônicas, a travessia é extremamente perigosa”, relatou.
Ainda de acordo com ele, a duplicação da BR-470 resultou no isolamento da rua Albertina Maba e deixou a via em condições precárias, sem pavimentação. “a muito caminhão e carro por ali. A rua virou barro e está quase intransitável”, disse. A comunidade cobra do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) a pavimentação da marginal e a construção urgente de uma arela ou túnel para travessia segura dos pedestres.
Apesar de reuniões com representantes e visitas ao DNIT, os moradores ainda não receberam prazos ou garantias de que as melhorias serão executadas. “A resposta é sempre a mesma. Disseram que só depois da conclusão total da duplicação vão pensar nas arelas”, contou Douglas.
A manifestação deste sábado busca pressionar o poder público por ações concretas. Para os moradores, a segurança viária precisa ser tratada com prioridade na região. “Deixaram um bairro inteiro sem estrutura básica. A comunidade está unida e vai continuar lutando”, concluiu.
Se for considerado o contrato atual da duplicação da BR-470, do DNIT, não está prevista a construção de uma arela no trecho. A comunidade, no entanto, não pretende desistir facilmente de sua reivindicação e avisa: caso nenhuma providência seja tomada em curto prazo, as manifestações poderão se tornar mensais. O vídeo mostra a situação da Rua Albertina Maba na manhã desta sexta-feira (6).