
Enquanto muitos buscam formas de viver com mais qualidade, saúde e conexão com o que consomem, uma pequena propriedade em Luiz Alves, no Vale do Itajaí, mostra que o caminho pode estar bem mais perto do que parece.
Em meio às celebrações da Semana do Meio Ambiente, a história da moradora Vilma Fontanive Reichert, de 57 anos, chamou atenção por unir inovação, sustentabilidade e uma vida mais leve no campo — e com sabor de morango.
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Antes, o rendimento era baixo e o controle de doenças era um desafio constante. Hoje, com 2.700 mudas em 400m², ela colhe até 80 quilos de morangos por mês, vendendo para padarias, lanchonetes, creches e consumidores da própria cidade. Mais do que uma produção maior, o que muda é a confiança no que se planta — e a perspectiva de dobrar a estrutura em 2026 já está nos planos.
Essa transformação foi um dos destaques do TecnoHorti 2025, realizado no dia 3 de junho em Itajaí. Mesmo com frio e chuva, mais de 500 pessoas participaram do evento, que apresentou inovações íveis e eficientes para a produção orgânica. Além do biofertilizante, os visitantes conheceram tecnologias como compostagem de resíduos agrícolas, mudas orgânicas — que serão obrigatórias no Brasil a partir de 2026 — e novas cultivares como a alface Litorânea e o tomate Kaiçara.
O evento também destacou o Sistema de Plantio Direto de Hortaliças, o cultivo suspenso, que humaniza o trabalho no campo, e a termoterapia para desinfecção de substratos. A troca de experiências entre produtores e pesquisadores reforçou algo simples, mas essencial: quando ciência e gente do campo trabalham juntas, os resultados aparecem no prato e na vida de quem produz.
Casos como o da produtora de Luiz Alves e de famílias de Três Barras e Massaranduba mostram que é possível viver da terra com mais autonomia, menos veneno, menos desgaste e mais dignidade. Como destaca o pesquisador Alexandre Visconti, da Epagri, “é na roça que nascem soluções para grandes desafios, como segurança alimentar, sucessão no campo e cuidado com o meio ambiente”.
Histórias assim nos fazem repensar o valor do alimento que colocamos à mesa — e como ele pode vir carregado de ciência, respeito à natureza e oportunidades reais para quem vive do cultivo. Afinal, no ritmo certo, até o morango pode ser uma revolução.
Com informações de Isabela Schwengber, da Assessora de Comunicação da Epagri.
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