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Ainda durante a gestação, seus pais — Jessica Simas Corrêa, de 30 anos, e Luiz Fernando Jansen, de 37 — foram alertados sobre alterações identificadas como uma “mega bexiga”. Quando Yasmin nasceu, com poucas horas de vida, precisou ser levada à sala de cirurgia, onde os médicos encontraram uma obstrução intestinal e alças do intestino torcidas. O que se seguiu foi um processo longo e doloroso de diagnósticos, até que, aos 4 meses, sob os cuidados da Dra. Maria Beatriz Silveira Schmitt Silva, médica cirurgiã geral e pediátrica, veio a confirmação da Síndrome de Berdon.
Além disso, a bexiga é dilatada e não esvazia sozinha — o que exige cuidados constantes. Uma sonda foi instalada no estômago para drenar o suco gástrico que seu corpo produz naturalmente, evitando acúmulo, refluxos ácidos e complicações graves.
Com tantas limitações, infecções frequentes tornaram-se parte da rotina da família. Yasmin é imunossuprimida e, devido às constantes contaminações, desenvolveu resistência a diversos antibióticos. Isso levou à falência venosa: veias periféricas e profundas já foram utilizadas ou danificadas em procedimentos cirúrgicos e infusões.
Em maio, a bebê foi levada ao centro cirúrgico, onde ou cinco horas sendo puncionada em diferentes partes do corpo na tentativa de obter um novo o — sem sucesso. Foi somente graças à insistência e experiência da Dra. Maria Beatriz que uma nova veia foi localizada e o cateter conseguiu ser reposicionado.
Os pais contam que, há meses, a transferência da filha para um hospital de referência em reabilitação intestinal é tratada como prioridade máxima no sistema federal, devido à falência venosa. Os centros capacitados para isso são o Hospital das Clínicas, em Porto Alegre (RS), e o Hospital Infantil Menino Jesus, em São Paulo (SP), ambos com histórico de pacientes com a mesma síndrome.
A transferência, no entanto, ainda não ocorreu, apesar da gravidade, porque há outros pacientes nessa fila pela vida. A família chegou a se preparar para embarcar duas vezes, com consultas agendadas e hospedagem reservada — mas os deslocamentos foram cancelados no último momento por erros no agendamento do ambulatório.
Diante da urgência e da estagnação no processo de transferência, os pais se mobilizaram com campanhas, ações judiciais e busca de apoio político. Jessica fez questão de agradecer a todas as autoridades que têm se empenhado sinceramente em ajudar: o presidente da Câmara de Vereadores de Blumenau, Ailton de Souza (Ito); Nilza Simas, e Milena Andersen Lopes, ambas da Secretaria de Saúde de Santa Catarina; o secretário municipal de Promoção da Saúde, Douglas Rafael de Souza; e até o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello.
A história de Yasmin vai além da medicina. É sobre amor, resiliência e o esforço de uma família que nunca desistiu. O que eles pedem não é um privilégio: é o direito de uma criança de viver e ser tratada com dignidade. A transferência urgente para um centro especializado é hoje sua única chance de continuar lutando. E, como lembra Jessica, “agora é nossa vez de lutar por ela”.
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